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Demorou um pouco, mas chegou. Dois anos depois do último cd de inéditas a paulistana banda Cine lançou na última terça-feira (22) seu terceiro disco: “Boombox Arcade”. Com apelo mais eletrônico, o lançamento representa nova fase na carreira do grupo que ganhou fama em 2009 com o hit “Garota Radical”. “A gente aprendeu bastante coisa compondo, houve uma evolução natural neste sentido”, conta o vocalistaDiego Silveira, mais conhecido como DH.
Em conversa com o iG Jovem, os integrantes da banda relataram suas impressões sobre o astroJustin Bieber, com quem estiveram durante o Z Festival, abriram o jogo sobre o que pensam do futuro e alfinetaram a banda Restart: “o happy rock é uma moda que passou”.

Confira a entrevista na íntegra:

iG: O que mudou na banda Cine do primeiro cd para este?
Pedro Dash: Rolou um amadurecimento, a gente sempre flertou com a música eletrônica e, neste disco, nossa ideia era usar uma base essencialmente eletrônica mesmo. É a influência do pop que está rolando no mundo todo, são as músicas que estávamos ouvindo. Já era natural compor dessa forma.

iG: Vocês já se sentem maduros?
DH: O amadurecimento é um processo eterno. A gente sempre vai amadurecer. A gente aprendeu bastante coisa compondo, houve uma evolução natural neste sentido. Não que isso signifique que ficamos mais sérios ou algo do tipo. A gente amadureceu no quesito composição, mas o Cine continua igual, é a mesma banda. A gente continua falando muito de diversão, balada e curtição, não começou a falar de política.

iG: Vocês têm medo de mudarem muito e acabarem perdendo fãs?
DH: A gente nunca teve medo nenhum em relação a isso, sempre agimos de forma transparente. A gente prefere ser verdadeiro do que forjar algo só para agradar alguém. Na época em que estava bombando o visual colorido, quando lançamos o DVD “As Cores”, já estávamos com um visual mais sóbrio. Cada um faz o que quer, sem vergonha alguma.

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iG: O happy rock colorido morreu?
DH: Pra gente, acho que isso nunca existiu, foi uma coisa que a mídia usou para generalizar. Mesmo o Restart, que levantava mais essa bandeira, encerrava matéria com ‘beijos coloridos’... já está percebendo que isso está passando. O happy rock é uma moda que passou.
Bruno Prado: Geralmente a galera que gosta desse lance das cores é muito novinha, e são aqueles que, passa seis meses, já deixam de gostar.

iG: O que vocês acham da Restart?
DH: Acho que eles souberam aproveitar bastante essa onda (do colorido), o que foi uma aposta diferente da nossa, que não demos tanta ênfase nisso. Eles sugaram tudo e falaram: ‘vamos fazer o que o público quer ver e vai gostar, isso até passar essa moda e a gente sumir’. Acho que eles foram inteligentes, souberam ganhar a grana deles nessa hora. Colocaram prazo de validade na parada, mas usufruíram bem disso. Fizeram moletom, caderno, caneta, lápis, massinha... Apelaram para esse público que realmente cresce e depois tem vergonha de falar do que gostava. Esse público de Rebelde... é o Restart.

iG: O público de vocês é jovem também, não?
DH: Um pouco mais velho que o deles, a gente não vê criança com o pai no show. No nosso show você vê uma molecada de 15 a 22 anos, no deles você vê uma molecada de 6 a 14. Você olha até uma galera brincando no show. No meio da pista de dança e brincando de pega-pega. É uma outra realidade.

iG: Mas mesmo esse público que vocês comentaram, de 15 a 22 anos, é uma faixa etária que costuma mudar rápido de opinião. Vocês têm medo de serem um sucesso passageiro?
DH: A gente tinha medo quando lançou ‘Garota Radical’, de ser um boom e só. Depois todos nossos singles bombaram legal, e a galera continuou indo aos shows. Acho que o medo vai cada vez mais aumentando. Todo artista tem o prazo dele, ninguém toca a vida inteira. A gente tem como base o Skank, a gente pensa em fazer música pop e evoluir com o nosso público.

iG: Falando um pouco do Z Festival. Vocês foram a única banda brasileira, a que abriu o show, e foram, de longe, os mais festejados - depois, claro, do Justin Bieber. O que vocês têm a comentar sobre o assunto?
DH: Foi o combustível que a gente precisava para lançar o disco. Tem bandas que sonham em tocar em estádios e morrem sem fazer isso. Nós já tocamos três vezes em estádio.

iG: E qual a sensação de subir ao palco com um público tão grande?
DH: Acho que é uma sensação indescritível o cérebro cria uma substância muito pesada, você fica arrepiado, parece que está em um sonho. Passa tudo muito rápido. 

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iG: Vocês encontraram o Justin Bieber no camarim?
DH: Encontramos. Vimos ele passando... É um malinha. Mas acho que qualquer um de nós, se estivesse na posição dele, seria mais ainda. Acho que faz parte. 

iG: Vocês se consideram uma banda adolescente?
DH:
 Acho que sim, não tem como fugir disso. A maioria do nosso público é adolescente, a gente acabou de sair da adolescência. O que a gente escreve o que a gente passou, é o que eles estão passando.

iG: E quando vocês crescerem?
DH:
 Talvez a gente fale de outros problemas, tipo casamento, doença venérea... (risos).
iG: Vocês encontraram o Justin Bieber no camarim?
DH: Encontramos. Vimos ele passando... É um malinha. Mas acho que qualquer um de nós, se estivesse na posição dele, seria mais ainda. Acho que faz parte. 

iG: Vocês se consideram uma banda adolescente?
DH:
 Acho que sim, não tem como fugir disso. A maioria do nosso público é adolescente, a gente acabou de sair da adolescência. O que a gente escreve o que a gente passou, é o que eles estão passando.

iG: E quando vocês crescerem?
DH:
 Talvez a gente fale de outros problemas, tipo casamento, doença venérea... (risos).




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