O rock colorido saiu de cena de vez e deu lugar a muitas batidas eletrônicas e vozes distorcidas, a la Black Eyed Peas. Num papo por telefone, o baixista Bruno Prado explica por que, para ele, a mudança não foi tão grande assim.
- Nosso disco anterior, “Flashback”, já tinha influência da música eletrônica, só que com uma pegada mais retrô. O lance começou quando ouvimos um CD da banda americana Panic! At the disco, que mistura rock e batidas eletrônicas e curtimos muito. Então notamos que não tinha nenhum grupo no Brasil fazendo isso e decidimos que seria uma boa direção, para dar uma renovada no nosso som - diz o garoto de 22 anos.
Mesmo após a mudança sonora do grupo que já tem quatro anos de estrada, Bruno Prado diz que odeia bandas que “renegam suas origens”. Sendo assim, ele promete que a Cine não vai deixar de tocar nos shows os hits que a tornaram famosa: “Garota radical” e “As cores”.

- Não somos que nem essas bandas que mudam o estilo e renegam o que viveram. Vamos continuar com a banda inteira no palco, tocando baixo, bateria e guitarra - garante Bruno, citando Mike Posner, Calvin Harris, Britney Spears e até Justin Bieber como inspiração. - Estamos atrás de um som mais pop, que toque no rádio.

O novo show, que só estreia no ano que vem, terá um cenário elaborado, com uma variedade grande de imagens no telão. Bruno ainda revela que a intenção da apresentação será “contar uma historinha”, assim como as músicas do álbum, que narram um jogo de videogame e suas várias “fases”.

- Vai ser um esquema meio Black Eyed Peas, só que sem tanta grana, claro - adianta.

Apesar da procura por ums sonoridade mais vendável, o baixista rejeita o rótulo de “banda vendida”, que estaria apenas atrás do sucesso comercial:

- É natural mudarmos. Na época em que todo mundo se vestia de preto, lançamos a moda das roupas coloridas. Só que hoje não tem nada a ver eu usar calça colorida, até porque virou carne de vaca, todo mundo usa.

Impossível não pensar na banda rival à Cine, o Restart, após um declaração como essas. Porém, o baixista diz que não gosta de alimentar a implicância entre os fãs dos dois grupos, e prefere chamar o Restart de “concorrente”.

- A gente saiu do mesmo lugar do Restart. Tocávamos nos mesmos lugares. Aliás, quando estavam começando, nós dissemos a eles: “Vem com a gente nessa moda (colorida), porque isso vai pegar”. Não dá para dizer que somos amigos, porque não temos contato hoje em dia, mas também não os desrespeitamos. Somos concorrentes - ameniza Bruno.

Fonte: O Globo Megazine



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